Ao contrário de municípios medíocres, que só pensam em atrair indústrias e todo esse transtorno inerente ao progresso, nosso glorioso município decidiu investir no segmento mais organizado e que mais cresce no país: o criminoso.
Segundo reportagem veiculada pelo jornal Zero Hora de 22 de abril, Taquara pode “ganhar” um presídio com capacidade para 400 detentos.
Em declaração dada ao jornal, o prefeito teria dito: “A obra que está por vir dará um incremento à economia ( What?) porque, dentre outras coisas, ampliará e gerará empregos – comemora.”
Embora o “dentre outras coisas”, embutido na frase, cause um leve desconforto, sabemos que há motivos para comemorar.
O raciocínio é copiar o modelo dos Estados Unidos, cujos colonizadores foram criminosos e degredados ingleses, que acabaram por construir a nação mais poderosa do planeta.
Como os criminosos, após fuga ou cumprimento da pena, não raro fixam residência no entorno do presídio, pela lógica Taquara, em poucos anos, deve estar mandando no mundo.
Segundo informações, deve ser construída, no estabelecimento carcerário, uma suíte presidencial nos padrões dos mais modernos hotéis cinco estrelas, exclusivamente destinada ao uso de ocupantes de cargos político-administrativos do município que, porventura, venham a ter alguma conta a ajustar com a justiça.
O princípio é o mesmo dos seguros de carro: melhor não usar, mas é bom fazer para o caso de precisar.
Ao saber da instalação do presídio, a Oma dobrou a dose de Steinhaeger do mingau.
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